O vigésimo-terceiro filme da Marvel se passa logo após os acontecimentos de “Vingadores: Ultimato” e encerra a terceira fase da produtora. Depois que o estalo de Thanos é desfeito, aqueles que “bliparam”, isto é, desapareceram durante 5 anos, precisam se adaptar em um mundo sem o Homem de Ferro, o Capitão América e a Viúva Negra (sem o Visão também, mas ele não importa tanto).
De volta ao ensino médio, Peter Parker (Tom Holland) quer aproveitar uma excursão da escola até a Europa e se declarar a MJ (Zendaya), mas Nick Fury (Samuel L. Jackson) precisará de sua ajuda para combater uma nova ameaça ao planeta. Criaturas conhecidas como Elementais estão destruindo cidades diversas e apenas uma pessoa sabe bem do que elas são capazes: o poderoso Mysterio, interpretado por Jake Gyllenhaal.
Dirigido por Jon Watts, o mesmo de “Homem-Aranha: De Volta ao Lar”, “Homem-Aranha: Longe de Casa” conserva o humor do primeiro filme e tem um clima de comédia romântica, graças à química entre Holland e Zendaya. Apesar das várias sequências de ação, que são bastante dinâmicas e mostram o herói atravessando obstáculos variados, os pontos altos do filme envolvem o casal e – sem spoilers – as cenas de “pesadelo” do Peter.
Há muitas semelhanças com os roteiros de “Os Incríveis” (2004) e “Os Incríveis 2” (2018), mas o contexto das “fake news”, citado e repetido diversas vezes, traz a premissa das animações de Brad Bird para os tempos atuais. Em “Homem-Aranha: Longe de Casa”, a opinião pública é como uma outra joia do infinito, com um poder destrutivo à disposição dos mal intencionados.
Há duas cenas pós-créditos, uma logo após a apresentação do elenco e outra ao final da equipe técnica. É importante ficar no cinema para assistir as duas, pois não se tratam de ceninhas curiosas ou engraçadas, elas mudam o sentido do filme e o destino do herói amigável da vizinhança.