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Documentário da Netflix retrata romance lésbico de mais de 70 anos.
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Com menos de 90 minutos de duração, “A Secret Love” não é um documentário profundo, mas uma história simples de amor. As canadenses Terry Donahue e Pat Henschel se conheceram em uma pista de patinação, no ano de 1947. Quando se apaixonaram, nem sabiam que havia outras mulheres como elas. Por boa parte das sete décadas que passaram juntas, elas se apresentaram como primas. Para que ninguém descobrisse o relacionamento secreto, elas rasgavam os nomes das cartas de amor que trocavam.

Com direção de Chris Bolan, parente de Terry, e produção de Ryan Murphy, “A Secret Love” não perde muito tempo contextualizando a homofobia da época em que as duas se conheceram ou retratando a luta pelos direitos LGBTQ+ do século passado. O documentário é, na verdade, uma celebração da vida do casal – o que é, talvez, a melhor abordagem possível na tentativa de normalizar, cada vez mais, relacionamentos românticos como os de Terry e Pat. 

No cinema, narrativas homossexuais costumam lidar com finais trágicos, com muito preconceito e dor. Nos últimos anos, porém, alguns diretores vem tentando retratar histórias mais positivas, como no caso de “Com Amor, Simon” e até mesmo “Me Chame Pelo Seu Nome”. Os criadores da excelente série “Schitt’s Creek”, por exemplo, afirmaram que não queriam mostrar uma família preconceituosa, pois isto já havia sido retratado várias vezes. Na mesma toada, “A Secret Love” não faz chorar por ser triste, mas por ser belo.

O documentário é ainda mais prazeroso pela participação histórica de Terry na liga feminina de beisebol, criada durante a Segunda Guerra Mundial – tema de “Uma Equipe Muito Especial”, clássico da sessão da tarde (lembra?) com Tom Hanks, Geena Davis e Madonna. 

“A Secret Love” está disponível na Netflix.

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