Além de pertencer ao subgênero do terror aquático, “Predadores Assassinos” faz parte de um nicho muito específico, que trata do verdadeiro pesadelo que é viver no estado da Flórida. Não basta conviver com a ameaça constante de furacões avassaladores, é preciso também enfrentar a ira dos jacarés gigantes. “Eu não queria fazer um filme de monstros com jacarés radioativos, que buscam vingança ou algo do tipo. Nós queríamos mostrá-los como eles são,” afirmou o diretor Alexandre Aja, famoso por “Alta Tensão” (2003) e “Viagem Maldita” (2006).
Produzido por Sam Raimi (de “Uma Noite Alucinante”), “Predadores Assassinos” traz Kaya Scodelario, uma atriz inglesa e filha de mãe brasileira, como uma jovem nadadora, chamada Haley, que enfrenta o furacão Wendy para resgatar o pai e ex-treinador Dave, interpretado por Barry Pepper. Infelizmente, o pai vive ao lado de uma fazenda de criação de jacarés, que escapam do confinamento assim que a região começa a inundar. Com um orçamento de pouco mais de US$13 milhões, o filme já abocanhou quase US$ 87 milhões ao redor do mundo.
“Predadores Assassinos” é um filme divertido, sem grande complexidade, que funciona muito bem como um suspense despretensioso – ainda que as cenas mais sanguinolentas já pertençam à esfera do terror. Sem dar spoilers, basta dizer que os protagonistas não escapam ilesos ou apenas com arranhões superficiais. Tirando a constante preocupação pelo bem estar do cachorro da família, o apelo emocional dos humanos não é tão eficiente quanto as cenas de susto. Mesmo assim, “Predadores Assassinos” vale a pena (e possui a saudável duração de 87 minutos).