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Já nos cinemas, “Annabelle 3: De Volta Para Casa” não está entre os melhores.
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Com o lançamento de “Annabelle 3: De Volta Para Casa”, a trilogia da boneca demoníaca se encerra e o universo “Invocação do Mal” ganha o seu sétimo filme. O terror feito no estilo da Marvel, com histórias e personagens que se conectam, vem abocanhando boa parte da bilheteria desde o título original, dirigido por James Wan. Nos Estados Unidos, quatro filmes da franquia ultrapassaram a marca dos US$ 100 milhões. Graças ao sucesso, mais três títulos relacionados já estão em produção.

Antes conhecido por “Jogos Mortais”, Wan se voltou para um estilo mais tradicional de terror em “Invocação do Mal” (2013), com referências que vão desde “O Exorcista” até “O Sexto Sentido”. Sempre na produção dos filmes da franquia, Wan acabou se tornando um dos nomes mais influentes no gênero e o queridinho da Warner. Afinal, quando alguma produção da Disney não domina a bilheteria, é o terror que leva os espectadores aos cinemas.

Mas vamos ao ranking, do pior ao melhor:

“A Maldição da Chorona”

Com uma criatura bem menos impactante, “A Maldição da Chorona” não é tão memorável quanto “Annabelle” ou “A Freira”. Há muitas oportunidades perdidas, como uma brevíssima sugestão de que a mãe, uma assistente social, seria responsável pelos machucados dos filhos. A inversão de papeis seria muito mais interessante, caso fosse explorada, do que o resultado apresentado por Michael Chaves, diretor também do futuro “Invocação do Mal 3”.

“Annabelle 3: De Volta Para Casa”

Ed e Lorraine Warren viajam e deixam a filha Judy com a babá Mary Ellen e a amiga Daniela. Fascinada pela possibilidade de conversar com espíritos, Daniela bisbilhota a sala de artefatos amaldiçoados e acaba libertando Annabelle. Diferente dos outros filmes relacionados à boneca, Annabelle funciona como um ímã de espíritos, ativando todas as entidades contidas na sala. A premissa é divertida, mas tira o foco da boneca e parece uma estratégia meio sem vergonha de consolidar outros monstros (e outros filmes).

“Annabelle 2: Criação do Mal”

Se “Annabelle 3” joga a boneca para o escanteio, o segundo filme da trilogia trata literalmente da criação da boneca, sua primeira dona e como o demônio se aproveita do luto. Assim como o primeiro “Invocação do Mal”, os sustos se desenvolvem melhor quando envolvem crianças, pela vulnerabilidade das personagens da trama (duas órfãs). Mesmo assim, a história não é estranha o suficiente para criar uma impressão mais duradoura.

“Annabelle”

A referência mais óbvia do primeiro “Annabelle” é “O Bebê de Rosemary”. Ainda que o filme não seja tão bom quanto o clássico de 1968, relacionar uma boneca demoníaca ao terror de uma maternidade conturbada (seja na gravidez ou durante a juventude de uma filha enlouquecida por um culto satânico) é genial, pois ambos tratam da transgressão de supostos símbolos de pureza e alegria.

“A Freira”

Sim, eu gosto de “A Freira”. Massacrado por boa parte da crítica e amado pelo público, entendi o filme de Coryn Hardy como uma mistura maluca de “Evil Dead” com as produções mais clássicas da Hammer – ou seja, um terror divertido, de estilo gótico, sem economia de sustos e com um repertório significativo de imagens tenebrosas. É também, sem dúvida, o mais diferente de toda a franquia.

“Invocação do Mal 2”

Ignorando os sotaques medonhos, “Invocação do Mal 2” vale mais pelo desenvolvimento emocional dos personagens do que pelo terror propriamente dito. Um grande diferencial do universo “Invocação do Mal”, comparando com outros filmes do gênero, é os criadores terem se dado ao trabalho de criar personagens carismáticos, e não apenas adolescentes bonitos, burros e bons de grito. O perigo é maior quando gostamos dos protagonistas.

“Invocação do Mal”

Não há como não escolher o original como o melhor. Por ter sido o primeiro, é claro, mas também pelos sustos mais memoráveis (como as palminhas do trailer). Assim como no segundo filme da série, o diretor se preocupa em criar personagens amorosos, tornando toda a manifestação sobrenatural muito mais ameaçadora. Sim, há amor no terror.

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